Muitas verdades, mitos e boatos sobre o PLC/BPL têm circulado por ai, principalmente em listas de discussão na Internet. Mas poucas pessoas realmente se preocupam com o enorme problema que isto causará às comunicações através do radio. No último dia 07/11/2008 a Labre esteve em reunião com a Anatel, em Brasilia e, pelo relatado, foi um evento apenas para informar que o PLC realmente será implantado e todo o questionamento técnico formulado pelas empresas de radiodifusão, pelos radioamadores, etc., foi ignorado. A Anatel, mais uma vez, age como soberana entendendo que o decidido pela agência é o que deverá funcionar independente de qualquer parâmetro técnico contra. A consulta pública é somente uma mera obrigação, pois são raras as sugestões acatadas por esta agência. A própria agência são sabe qual informação divulgar, pois hora diz que não haverá inteferência, hora diz que a interferência não será prejudicial. Não existe interferência não prejudicial e se o sistema não gerará interferências por que então há zonas de proteção? No resto do mundo o PLC foi condenado, mas aqui no Brasil, como de praxe, insiste-se no erro.
A implantação do PLC é justificada pelo governo e Anatel considerando o alcance das linhas de energia que abrange áreas onde outros sistemas não chegam ou demorarão muito a chegar. Com o avanço da tecnologia, antes do início da implantação do PLC, as empresas de telefonia celular, por exemplo, já terão suas redes implantadas em quase todo o Brasil com qualidade de serviço muito superior. Além disso, em zonas de proteção o PLC não poderá ser implantado. As zonas de proteção são as próximas aos aeroportos, quartéis e outros serviços que envolvam segurança pública. Essas zonas protegem as estações fixas. Mas e as estações em movimento? Suponha que o exército esteja numa operação como as que ocorreram em favelas no Rio de Janeiro. Se houver instalações de PLC nas proximidades, a comunicação pelo radio está comprometida. Em Setembro de 2006, um avião da empresa Gol sofreu acidente no estado de Mato Grosso. Um radioamador viu a aeronave caindo e acionou, através do radio, outro radioamador que acionou as autoridades. Se houvessem instalações de PLC na região dele, seria possível o contato? Obviamente, não. Além dos testes, a Anatel não divulgou os preços para adquirir este tipo de acesso. Obviamente não será competitivo a ponto de desbancaras operadoras de telefonia celular. Basta olhar para as linhas de energia de sua região. Facilmente percebe-se a péssima qualidade da infra estrutura. Galhos de árvores, pipas, calçados e vários outros lixos enfeitam as linhas de energia de nosso país. A manutenção custa caro e para fornecer o PLC com o mínimo de qualidade, a infra estrutura deve estar em boas condições. E em cidades litorâneas, com o efeito da maresia, a situação será pior. Ainda, existem os famosos "gatos" (furto de energia) que contribuem muito para a degradação da qualidade do sistema de distribuição.
O único sistema de comunicação que pode chegar a qualquer lugar é o radio.
Não caia nesta armadilha. Lute contra o PLC!!!
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
domingo, 27 de janeiro de 2008
Outra das (des)reguladoras
Outra experiência foi com a Artesp, responsável pelo transporte rodoviário no estado de São Paulo.
Utilizo diariamente ônibus da Viação Cometa que sempre atrasam, os horários são alterados sem prévio aviso e sem falar no preço que é absurdo. Falar com a central de atendimento desta empresa é pior do que as de empresas de telefonia celular. As desculpas são sempre as mesmas e as pessoas que atendem, mal sabem porquê estão lá.
Depois de várias tentativas sem sucesso com a empresa, reclamei à Artesp. Eles atendem com educação, sempre respondem, porém, se a empresa reclamada tiver uma resposta convincente, a reclamação é arquivada. O problema é que sempre há uma resposta convincente e nunca solução para o problema. Um exemplo de resposta convincente é a de última reclamação sobre uma linha que funciona há mais de um ano: “esta linha funciona em caráter experimental e pode sofrer mudanças para melhor atender os passageiros”. Experimentar uma linha de ônibus há mais de um ano? As alterações na linha até agora foram somente com horário e para pior. Aumentaram o intervalo entre os horários, primeiro de 30 para 40 minutos e depois de 40 para 45 minutos e recentemente, alteraram os horários de partida, prejudicando muitos passageiros que têm de esperar por um tempo bem maior. A conseqüência é o atraso dos passageiros que sempre pagam o pato. Enquanto isto a Artesp ....quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Agências desreguladoras
Olá pessoal !!!
Já tive algumas experiências com algumas das principais agências nacionais e, óbvio, todas sem sucesso. A primeira foi com a Aneel em conjunto com a Anatel.
Sou radioamador e radioescuta.
Na região onde resido há um ruído muito forte, proveniente da rede de energia elétrica de alta tensão, que interfere na recepção de sinais de rádio. Muitas vezes este ruído é tão intenso que é impossível ouvir até estações potentes (Globo, Record, Bandeirantes e etc.) em ondas médias (de 540 a 1600 Khz - AM). As vezes a interferência acontece até na TV. Nas outras faixas, inclusive as de amador é praticamente nula a escuta de estações.
Em 2003, acionei a concessionária local, CPFL-Piratininga, que demorou um mês para enviar uma equipe que não era designada para aquele trabalho. Após esperar mais duas semanas, enviaram outra equipe com equipamento para identificar "vazamento" nos elementos da rede. Os dois funcionários da empresa foram atenciosos, porém não tinham prática alguma para o que foram designados. Com dificuldade, identificaram algums "vazamentos" e solicitaram a manutenção. Enviaram outra equipe para executar a manutenção. Foram trocados alguns isoladores e retirados alguns galhos em cima dos cabos, mas o ruído continuava. Eu os acompanhei com um receptor, inclusive mostrei as alterações no ruído enquanto eles atuavam na rede. Foram embora sem solucionar o problema e disseram que eu deveria contatar a central novamente. Nesta época eu já estava em contato com a ouvidoria da empresa devido ao longo tempo de espera. Ao contatá-los novamente, o ouvidor disse que todas as manutenções foram executadas e nada mais poderia fazer. Chegamos a segunda parte.
Uma vez que a concessionária não queria atender-me, acionei a Aneel. Obedecendo a agência, a concessionária enviou novamente as primeira equipe para identificar novamente os pontos de "vazamento". Desnorteados, pois identificavam ruído por toda a parte, fizeram algumas anotações e solicitaram novamente manutenção. A história repetiu-se. Acionei novamente a Aneel que apoiou a concessionária utilizando o mesmo discurso: "As manutenções já foram executadas, senhor. Nada mais podemos fazer". Chegamos a terceira parte.
Sem solução e tratando-se de interferência no espectro de radio freqüência, acionei a super poderosa Anatel.
Exatos 30 dias após a abertura de chamado, recebi um telefonema da agência para agendar uma data para a visita. Chegado o dia, três "fiscais" bateram a porta de minha casa. Contei-lhes toda a história e então, munidos de analisadores de espectro de radiofreqüência, foram passear pelas redondezas para encontrar pontos de "vazamento". Identificados os vários pontos, voltaram para preencher o relatório e "fiscalizar" minha estação. Encontraram um transceptor da Yaesu, modelo FT-480R de 1980. Com é um equipamento muito antigo, obviamente que não fazia parte da lista de radios homologados e então resolveram, agindo contra lei, lacrá-lo. Para que não fosse lacrado, eu deveria apresentar nota fiscal de compra da época. Imagine a Agência Nacional de Telecomunicações agindo como a Receita Federal, exigindo nota fiscal com mais de 20 anos de idade. É no mínimo ridículo. Chegamos a quarta parte.
Alguns dias depois, uma equipe da CPFL foi enviada para novas manutenções. Novamente a história se repetiu. Acionei a Anatel novamente que solicitou a CPFL o envio de outra equipe, mas desta vez com acompanhamento. Equipes da CPFL e Anatel trabalhando juntas no local para encontrar o problema. A história se repete. Mesmo após algumas supostas manutenções, sairam do local sem solução. Acionei a Anatel novamente, mas a partir daí começaram evitar-me. Certo dia, ao contatá-los, descobri que meu chamado fora fechado. Abri um novo, mas fecharam sem atendimento. Enviei correspondência detalhando todo o processo. Recebi um "ofício" explicando que a Anatel não atua quando há interferência em liquidificadores, geladeiras, toca discos, etc. Mas, não era interferência em radio?
O lacre de meu radio foi retirado após oito meses de muita luta minha, com a ajuda da Labre, para mostrar o que até cego poderia ver, que eles fizeram enorme besteira ao lacrarem meu equipamento.
Conclusão: o ruído infernal continua até hoje, interferindo em minhas comunicações, escutas e as vezes até no que assisto. Tudo isto, sem a tecnologia da internet via rede elétrica, pois quando isto for implementado, adeus rádio. Este tipo de tecnologia provoca gigantes interferências em rádio receptores com ruído insuportável.
Obviamente se, hoje, eu abrir outro chamado, com certeza será ignorado, pois os interesses desta máfia são apenas políticos e monetários.
Não será estranho se alguém sofrendo de interferências, acionar a Anatel e ter seu radio relógio lacrado.
Já tive algumas experiências com algumas das principais agências nacionais e, óbvio, todas sem sucesso. A primeira foi com a Aneel em conjunto com a Anatel.
Sou radioamador e radioescuta.
Na região onde resido há um ruído muito forte, proveniente da rede de energia elétrica de alta tensão, que interfere na recepção de sinais de rádio. Muitas vezes este ruído é tão intenso que é impossível ouvir até estações potentes (Globo, Record, Bandeirantes e etc.) em ondas médias (de 540 a 1600 Khz - AM). As vezes a interferência acontece até na TV. Nas outras faixas, inclusive as de amador é praticamente nula a escuta de estações.
Em 2003, acionei a concessionária local, CPFL-Piratininga, que demorou um mês para enviar uma equipe que não era designada para aquele trabalho. Após esperar mais duas semanas, enviaram outra equipe com equipamento para identificar "vazamento" nos elementos da rede. Os dois funcionários da empresa foram atenciosos, porém não tinham prática alguma para o que foram designados. Com dificuldade, identificaram algums "vazamentos" e solicitaram a manutenção. Enviaram outra equipe para executar a manutenção. Foram trocados alguns isoladores e retirados alguns galhos em cima dos cabos, mas o ruído continuava. Eu os acompanhei com um receptor, inclusive mostrei as alterações no ruído enquanto eles atuavam na rede. Foram embora sem solucionar o problema e disseram que eu deveria contatar a central novamente. Nesta época eu já estava em contato com a ouvidoria da empresa devido ao longo tempo de espera. Ao contatá-los novamente, o ouvidor disse que todas as manutenções foram executadas e nada mais poderia fazer. Chegamos a segunda parte.
Uma vez que a concessionária não queria atender-me, acionei a Aneel. Obedecendo a agência, a concessionária enviou novamente as primeira equipe para identificar novamente os pontos de "vazamento". Desnorteados, pois identificavam ruído por toda a parte, fizeram algumas anotações e solicitaram novamente manutenção. A história repetiu-se. Acionei novamente a Aneel que apoiou a concessionária utilizando o mesmo discurso: "As manutenções já foram executadas, senhor. Nada mais podemos fazer". Chegamos a terceira parte.
Sem solução e tratando-se de interferência no espectro de radio freqüência, acionei a super poderosa Anatel.
Exatos 30 dias após a abertura de chamado, recebi um telefonema da agência para agendar uma data para a visita. Chegado o dia, três "fiscais" bateram a porta de minha casa. Contei-lhes toda a história e então, munidos de analisadores de espectro de radiofreqüência, foram passear pelas redondezas para encontrar pontos de "vazamento". Identificados os vários pontos, voltaram para preencher o relatório e "fiscalizar" minha estação. Encontraram um transceptor da Yaesu, modelo FT-480R de 1980. Com é um equipamento muito antigo, obviamente que não fazia parte da lista de radios homologados e então resolveram, agindo contra lei, lacrá-lo. Para que não fosse lacrado, eu deveria apresentar nota fiscal de compra da época. Imagine a Agência Nacional de Telecomunicações agindo como a Receita Federal, exigindo nota fiscal com mais de 20 anos de idade. É no mínimo ridículo. Chegamos a quarta parte.
Alguns dias depois, uma equipe da CPFL foi enviada para novas manutenções. Novamente a história se repetiu. Acionei a Anatel novamente que solicitou a CPFL o envio de outra equipe, mas desta vez com acompanhamento. Equipes da CPFL e Anatel trabalhando juntas no local para encontrar o problema. A história se repete. Mesmo após algumas supostas manutenções, sairam do local sem solução. Acionei a Anatel novamente, mas a partir daí começaram evitar-me. Certo dia, ao contatá-los, descobri que meu chamado fora fechado. Abri um novo, mas fecharam sem atendimento. Enviei correspondência detalhando todo o processo. Recebi um "ofício" explicando que a Anatel não atua quando há interferência em liquidificadores, geladeiras, toca discos, etc. Mas, não era interferência em radio?
O lacre de meu radio foi retirado após oito meses de muita luta minha, com a ajuda da Labre, para mostrar o que até cego poderia ver, que eles fizeram enorme besteira ao lacrarem meu equipamento.
Conclusão: o ruído infernal continua até hoje, interferindo em minhas comunicações, escutas e as vezes até no que assisto. Tudo isto, sem a tecnologia da internet via rede elétrica, pois quando isto for implementado, adeus rádio. Este tipo de tecnologia provoca gigantes interferências em rádio receptores com ruído insuportável.
Obviamente se, hoje, eu abrir outro chamado, com certeza será ignorado, pois os interesses desta máfia são apenas políticos e monetários.
Não será estranho se alguém sofrendo de interferências, acionar a Anatel e ter seu radio relógio lacrado.
Objetivo
Olá pessoal !!!
Criei este blog para contar alguns "causos" de "descausos" que já passei.
Quero compartilhar algumas experiências que só no Brasil que acontecem.
Abraço
Criei este blog para contar alguns "causos" de "descausos" que já passei.
Quero compartilhar algumas experiências que só no Brasil que acontecem.
Abraço
Assinar:
Postagens (Atom)